RESUMO Desenvolvemos um modelo teórico que explica a relação entre restrições de crédito e crescimento econômico no contexto de uma economia de três setores, incluindo um setor “extrativo”. O modelo faz parte da tradição estruturalista e se inspira na economia colombiana. Em contraste com os modelos de desenvolvimento econômico neoclássico, provamos que: 1) relaxar a contração do crédito promoveria o crescimento do setor formal, mas pode, no entanto, não implicar no crescimento do emprego formal; e 2) a economia pode convergir para um padrão em que o setor extrativo aumenta enquanto o formal diminui.

ABSTRACT We develop a theoretical model that explains the relationship between credit constraints and economic growth in the context of a three-sector economy, including an “extractive” sector. The model belongs in the structuralist tradition and it is inspired by the Colombian economy. In contrast to neoclassic development economics models, we prove that: 1) relaxing the credit crunch would foster formal sector growth but it may nevertheless not imply formal employment growth; and 2) the economy can converge to a pattern where the extractive sector increases while the formal one shrinks.

RESUMO Baseados em uma característica já conhecida, mas pouco desenvolvida, da teoria do crescimento: a importância da distribuição de ativos em uma função de produção agregada, nós elaboramos um modelo simples de dois indivíduos, e depois generalizamos suas deduções para um modelo estendido de n agentes, concluindo que o capital produtivo perfeitamente distribuído leva a um crescimento “endógeno” positivo e ótimo de longo prazo. A literatura empírica recente e clássica sobre o tema sugere essa interpretação. Além disso, encontramos evidências de dados de painel exploratório que apoiam nossa teoria de crescimento e distribuição em um conjunto de países latino-americanos.

ABSTRACT We build upon an already known but scarcely developed feature of growth theory: the importance of asset distribution in an aggregate production function. We elaborate on a simple model of two individuals, and then generalize its deductions to an extended model of n agents, concluding that perfectly distributed productive capital leads to positive and optimum long-run “endogenous” growth. Recent and classical empirical literature on the topic suggests this interpretation. In addition, we find exploratory panel data evidence that supports our theory of growth and distribution in a set of Latin American countries.